“Eu quero desaprender para aprender de novo. Raspar as tintas com que me pintaram. Desencaixotar emoções, recuperar sentidos”. Rubem Alves, psicanalista, educador, teólogo, escritor e pastor presbiteriano brasileiro.
O que é Educação
Segundo a página Significados, “educação significa o meio em que os hábitos, costumes e valores de uma comunidade são transferidos de uma geração para a geração seguinte”.
Contudo, há um sentido mais amplo e genérico, que acaba confundindo mais que explicando.
Educação pode significar uma maneira polida de tratar as outras pessoas (sinônimo de civilidade ou urbanidade, se preferir). Também pode significar a aquisição formal de conhecimentos e habilidades (sinônimo de escolarização).
O termo educar vem do latim “ex ducere”, que significa algo como “conduzir para fora”, ou seja, o ato de conduzir alguém na direção do mundo, para fora de sua bolha.
Aqui, podemos entender educação como sinônimo de aprendizagem, ensino, conhecimento e outros termos similares, sem focar tanto na forma de aquisição.
Contextualização
O mercado 4.0 será moldado pela educação. Isso mesmo, ele não será moldado pela tecnologia ou pela indústria, que serão sim o resultado dessa educação.
Contudo, as próprias instituições de ensino vão precisar de um processo de adaptação à nova realidade digital, pois o modelo atual está se tornando obsoleto a passos largos.
Eu não estou dizendo que devamos de uma ruptura abrupta, prescindindo completamente dos elementos educacionais vigentes. Pelo contrário, estou defendendo uma mudança gradual, porém certeira, constante e clara.
No mercado de TI, esse contexto é ainda mais forte, pois a transformação digital iniciada nos anos 90 está a todo vapor.
Dessa forma, as empresas já começaram a se atentar a essa realidade e estão investindo cada vez mais em educação. E o mais interessante é que eu não estou falando obrigatoriamente do ensino formal, mas da educação em um sentido mais amplo.
Além disso, o conhecimento em si também vem ganhando mais relevância, independente de sua fonte. É claro que há áreas do conhecimento que precisam de uma formalização maior, como engenharia e medicina, para citar dois exemplos. Contudo, para desenvolvedores há uma possibilidade maior de flexibilização, o que se intensifica por conta da escassez de profissionais qualificados.
Dito isto, vamos conhecer os 5 passos para usar a educação na atração de talentos. Se você é recrutador, não deixe de ler esse artigo até o final, pois vai entender como colocar isso em prática na hora de contratar. Mas se você é desenvolvedor, também não deixe de ler até o final, pois vai conhecer os passos que podem te colocar à frente nos processos seletivos.
Bora lá?
5 passos para usar a educação na atração de talentos
Os 5 passos para usar a educação na atração de talentos são os seguintes:
Crie a persona do seu candidato
Invista no Employer Branding
Invista em treinamento e desenvolvimento
Seja parceiro de uma Code School
Crie incentivos para os seus colaboradores estudarem
Repare que existe uma gradação do primeiro ao quinto passo. O primeiro não está diretamente ligado à educação, mas te ajuda a estabelecer que tipo de conhecimentos serão necessários. Já o quinto passo é uma sugestão às empresas para que criem um modelo de incentivos à educação de seus colaboradores.
Vamos entender cada um deles. Continue comigo!
Crie a persona do seu candidato
Persona é um termo muito utilizado no marketing e que se refere a um personagem fictício que representa o perfil ideal de um cliente. Transportando o conceito para a área de recrutamento, estamos falando do perfil ideal do candidato.
Quando você cria a persona do seu candidato, já dá um passo enorme no sentido de saber como procurá-lo, assim como fica apto a entender quais conhecimentos e habilidades ele precisa ter.
E atenção: se você é candidato, deixe seus conhecimentos bem claros em seu LinkedIn e seu currículo. Quando o recrutador acessar suas informações, não ficará confuso. Como ele precisa avaliar dezenas e até centenas de candidatos diariamente, não vai perder tempo com um currículo sem os dados necessários.
Invista no Employer Branding
Outro ponto importante é o da marca empregadora (ou employer branding).
Trata-se da percepção que as pessoas têm da marca de uma empresa e o quão interessadas em trabalhar nessa empresa elas estão.
Investir na marca empregadora significa investir em benefícios que vão além do salário, do vale transporte (caso a vaga não seja remota) e do vale alimentação.
Empresas que permitem a flexibilização de horários e de modalidade (presencial ou não), fornecem plano de saúde, investem em um bom clima organizacional e no bem-estar integral dos colaboradores, estão investindo em Employer Branding.
Invista em treinamento e desenvolvimento
Aqui, chegamos a um passo mais direto em relação à educação.
Investir em treinamento e desenvolvimento vai muito além do gestor imediato ensinar as atividades cotidianas ao colaborador.
Ter uma equipe especializada em treinamento e desenvolvimento (ou educação corporativa, se preferir) é muito importante. Caso não queira investir diretamente nessa área, uma alternativa é contratar uma empresa que atue com esse tipo de prestação de serviço.
O importante é que os colaboradores de todas as áreas da empresa tenham treinamentos promovidos por profissionais da área.
Continue comigo para conhecer os 5 passos para usar a educação na atração de talentos.
Seja parceiro de uma Code School
O projeto Alpha EdTech é uma code school (ou code academy), mas há outras no mercado.
Há diversas empresas que apoiam nosso projeto, patrocinando nossos aspirantes e absorvendo-os em seu quadro de colaboradores quando já estão no ciclo final do nosso curso.
Nós trabalhamos com talentos diferenciados que estejam em situação de vulnerabilidade social, o que quer dizer que apoiamos não apenas a qualificação do mercado de TI, mas também o desenvolvimento social.
Ser parceiro de uma code school significa investir em educação e empregabilidade e ter um retorno em conhecimento, cultura e engajamento.
Crie incentivos para os seus colaboradores estudarem
Por fim, mas não menos importante, as empresas precisam incentivar seus colaboradores a estudarem.
Esse passo também faz parte da marca empregadora, precisa ser tratado separadamente.
Eu não deixei esse tópico por último à toa. Note que, durante todo esse artigo, falamos em atração de talentos (desde o título), mas é preciso manter esse ciclo virtuoso funcionando de forma sustentável, e isso se faz com o incentivo aos estudos dos colaboradores que já estão na empresa.
Dessa forma, você fortalece sua cultura organizacional e, de quebra, fortalece o próprio mercado. Além disso, os melhores candidatos vão querer trabalhar com você.
E se você é candidato, procure escolher empresas que possuem essa mentalidade. Tenho certeza de que você não vai se arrepender!
E aí, o que achou dos 5 passos para usar a educação na atração de talentos? Espero que eu tenha te ajudado, sendo você recrutador ou candidato.
Um abraço e até o próximo artigo!
Davi Valukas - Alpha EdTech
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