Nesse artigo, vamos falar sobre finanças na Web 3.0 e de como as ideias disruptivas estão mudando a forma das pessoas lidarem com o dinheiro.
O avanço tecnológico vem possibilitando mudanças disruptivas em diversos setores tradicionais da sociedade, como os transportes, a gestão de pessoas e as finanças.
Com o surgimento das startups, nasce junto o conceito de Fintech, que são startups da área financeira.
Empresas como Nubank e Nexoos revolucionaram o sistema bancário, forçando muitos bancos tradicionais a mudarem também os seus produtos e a forma de se relacionarem com os clientes.
Dito isto, vamos conhecer os 5 conceitos do mundo das Fintechs que você precisa entender para dar os primeiros passos no assunto.
5 conceitos do mundo das Fintechs
O foco principal desse artigo não são as fintechs em si, mas alguns conceitos importantes desse universo.
Por isso, veja abaixo quais os 5 conceitos do mundo das Fintechs que eu separei pra você:
Criptomoedas
Blockchain
DeFi
Open Source
Open Banking
Vamos entender melhor cada um desses conceitos.
Continue comigo!
Criptomoedas
Também conhecidas como moedas digitais descentralizadas, as criptomoedas são uma forma de transacionar virtualmente em uma rede blockchain, sistema protegido por uma criptografia que protege não apenas a transação em si, mas também os dados e informações dos usuários.
Criptomoedas não têm um equivalente físico, como as notas de papel ou as moedas de prata, cobre, ouro ou bronze.
A mais famosa criptomoeda do mundo é o bitcoin, e o que todas elas têm em comum é o fato de não serem controladas ou intermediadas por um organismo central, como um governo (que detém as famosas moedas fiduciárias, como real, dólar ou euro).
Por isso, as criptomoedas são chamadas de moedas digitais descentralizadas, e é o fato de não haver regulamentação estatal que as tornou tão famosas de uns anos para cá.
Blockchain
Como dissemos no tópico anterior, o blockchain é fundamental para fazer com que as transações via criptomoedas funcionem. Mas o que é blockchain?
Como o nome sugere (blockchain significa corrente de blocos), esse tipo de sistema permite o rastreio do envio e do recebimento de informações virtualmente, o que é feito em blocos de dados.
A ideia do blockchain surgiu a partir de outro sistema de compartilhamento de informações pela internet, o chamado peer-to-peer (ou P2P).
Quem utilizava a internet no início dos anos 2.000 vai se lembrar dos downloads de músicas, imagens e filmes via P2P. Como nós utilizávamos a chamada internet discada, baixar um simples arquivo poderia levar horas.
Em suma, o blockchain é uma evolução natural desse conceito, tendo sido criado para possibilitar as transações via criptomoedas, mas o seu fundamento é bem mais antigo.
Finanças descentralizadas (DeFi)
As finanças descentralizadas, também conhecidas pela sigla DeFi, surgem junto com o conceito de blockchain e dizem respeito a serviços financeiros realizados sem uma intermediação centralizada.
Como dissemos um pouco acima, as criptomoedas (principalmente o bitcoin) iniciaram um processo de descentralização, relativizando a importância das moedas fiduciárias e do banco central de cada país, seja ele público ou privado.
É evidente que estamos falando de um processo ainda incipiente se o compararmos com o sistema financeiro vigente, já que a ampla maioria das pessoas nunca fez uma transação do tipo que estamos descrevendo aqui, e muitas delas sequer ouviram falar no assunto.
Todavia, estamos falando não de uma modinha passageira, mas de uma tendência cada vez mais forte, já que a evolução tecnológica tem não apenas democratizado o acesso à informação e a serviços que antes dependiam de toda uma burocracia para serem realizados, mas também promovido uma disrupção, que basicamente significa uma ruptura com algum processo já existente, interrompendo o modo tradicional como as coisas acontecem.
Os apps de mobilidade urbana, por exemplo, não criaram os transportes coletivos, mas revolucionaram a forma como as pessoas se locomovem. Podemos citar casos similares em relação à entrega de alimentos, educação à distância, telemedicina e outros.
Voltando a falar sobre DeFi, uma característica enxergada com facilidade nessa nova modalidade de se fazer trocas são os chamados códigos abertos, o que torna as coisas mais transparentes, seguras e intuitivas.
Open Source
E por falar em código aberto, vamos entender do que se trata.
Também conhecido pelo termo em inglês Open Source, o código aberto é um código-fonte de um determinado software que pode ser adaptado por qualquer programador.
O código aberto é mais que uma mera forma de se fazer tecnologia, mas é acima de tudo uma concepção filosófica que teve início com um movimento chamado Open Source Initiative (Iniciativa de Código Aberto) e foi lançada em 1998, após um debate entre alguns grandes nomes da TI da época, como Todd Anderson, Chris Peterson, Larry Augustin, Jon Maddog, Sam Ockman e Eric Raymond, entre outros.
O código aberto é uma forma de baratear os custos operacionais com tecnologia, pois não existem custos de licença nele.
Do ponto de vista dos desenvolvedores, o código aberto é uma forma de aperfeiçoar os conhecimentos e criar um portfólio sem a dependência de estar em uma organização.
Do ponto de vista da empresa, o open source possibilita um maior investimento em serviços e na formação de seu quadro de colaboradores, o que certamente traz um retorno financeiro maior.
Open Banking
Assim como os conceitos de DeFi e Open Source, tratados anteriormente, o Open Banking (Banco Aberto) é uma tendência que surge em conjunto com novas tecnologias que têm permitido que o sistema financeiro finalmente atinja níveis satisfatórios de descentralização.
O princípio fundamento do open banking é muito parecido com os princípios da LGPD, que tem o consentimento como mola mestra.
No caso do open banking, contudo, a lógica se inverte em relação à LGPD, pois enquanto esta diz que o usuário tem que consentir no uso de seus dados, o open banking é a obrigatoriedade de uma instituição bancária ou financeira transmitir informações de seus clientes a outras instituições caso eles queiram.
Trocando em miúdos, um banco terá que necessariamente compartilhar informações de um cliente com outro banco caso ele peça. E o mais interessante é que os próprios bancos deverão garantir que suas aplicações permitam esse tipo de compartilhamento informacional.
O open banking parte da ideia de fomentar a competitividade no sistema financeiro para que isso faça com que a qualidade dos serviços prestados aumente.
Você provavelmente já usa uma tecnologia baseada em open banking: o nosso já querido PIX.
Para encerrar
Para encerrar, eu quero te pedir aquela gentileza de sempre: compartilhe esse artigo em seu LinkedIn, para que mais pessoas tenham acesso a esses conhecimentos.
Nos vemos no próximo texto!
Davi Valukas - Alpha EdTech
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